segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Luto

Devido à tragédia ocorrida na minha cidade natal, Santa Maria-RS, voltarei a postar somente daqui a sete dias. Espero que entendam.

Na próxima segunda-feira, 4 de fevereiro, continuarei a série de textos sobre educação financeira.

Abraço ao amigo-leitor!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vamos gastar melhor?

Você leu meu texto anterior e chegou à conclusão de que a saída para as suas finanças é gastar menos? Ok, vou tentar ajudar nesta árdua, porém lucrativa tarefa. Se você, além disso, também quer ganhar mais, atente-se ao que escrevo agora, mas volte para ler meu próximo post. Por enquanto, vamos nos virar com o que temos: o salário deste mês, nossas contas a pagar, dívidas atuais e sonhos de consumo.

Temos que dar um passo fundamental no caminho para a liberdade financeira. Primeiro, necessitamos saber onde estamos, para onde vamos e o melhor caminho para chegar lá. Traduzindo, com toda a praticidade: precisamos de um orçamento doméstico. Amigos, não há como fugir disso. O planejamento financeiro passa necessariamente pelo controle de quanto gastamos e no que estamos usando o nosso valoroso ganho mensal. Repare que eu ainda não falei em poupar, nem economizar, pois isto já é um passo avançado. Trata-se, agora, de colocar no papel e em uma planilha de Excel (que já está pronta) quanto você ganha e quanto você gasta em um mês, dividindo os gastos por categorias simples.
Tabela de Excel é aliada no planejamento financeiro
Você sabe para onde está indo o seu dinheiro? É fácil lembrar o principal, como valor do aluguel, a conta de luz, de água, telefone, etc... Mas você sabe quanto gasta em transporte (público ou carro) em 30 dias? Ou o quanto gastou comendo (e bebendo) fora de casa no último mês? E de cinema, contando pipoca e refrigerante? Ah, mas que chatice, Tiago! - alguém deve ter pensado agora. Pois eu lanço o desafio: Faça isso por um mês e veja os resultados. Se não valer a pena, pare! Não esqueça de colocar a família no meio. Afinal, todos vão se beneficiar dos resultados no futuro, então devem contribuir. Gastou, anotou, simples assim. Se você não sabe como inserir o assunto na família, o livro "Vamos Falar de Dinheiro?", de Conrado Navarro, é ótimo e eu recomendo.


Família deve estar unida, na receita e na despesa
Somente depois de ter controle sobre como está gastando o seu dinheiro é que você poderá traçar prioridades e ver onde estão os "exageros" do orçamento doméstico. Está dado o primeiro passo prático do seu planejamento financeiro. Agora, você já sabe onde pode economizar e o quanto vai sobrar por mês para realizar aquele sonho de consumo guardado na gaveta, que vai te trazer uma melhor qualidade de vida.

Neste link, você faz download de uma planilha pronta, de uso simples, feita pelo professor Edson Pamplona. Para um aprofundamento maior, sugiro a leitura do livro "12 Meses para Enriquecer", do professor Marcos Silvestre. Ele é criador de um programa de educação financeira e de um conjunto de calculadoras financeiras práticas, que precisam da leitura do livro para aprender a utilizar.

Para os mais informatizados, há também diversos apps de orçamento doméstico disponíveis para smartphone. As ferramentas existem e só estão esperando que você utilize. O próximo passo para ser um "bom gastador" agora é seu!

E lembre-se que o dinheiro é sempre um meio, e nunca o fim. Enquanto puder proporcionar uma vida melhor para nós e a quem gostamos será bem-vindo (e cada vez mais bem-administrado!).

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Os 4 verbos da Riqueza


Demorei alguns meses para retomar no blog um dos assuntos que mais gosto de falar: Educação Financeira. Quem convive comigo já sabe o quanto me interesso pela abordagem da educação nas finanças pessoais. A partir de 2011, quando comecei a ler sobre o tema, revi muitos conceitos, principalmente aquilo que considero como "riqueza" e "pobreza". Ficou curioso?

Você concorda que tudo o que ganhamos com o nosso trabalho deve ser valorizado e usado para melhorar nossa qualidade de vida? Ótimo, somos dois! A diferença entre o "rico" e o "pobre", na minha opinião, é o rumo que seguem para atingir este fim. Creio que o melhor caminho é baseado em quatro verbos, que devem ser memorizados e praticados nesta ordem:


Ganhar - Economizar - Investir - Gastar

Perceba que entre ganhar e gastar, ainda temos mais duas coisas para fazer com o nosso dinheiro (economizar e investir). O "pobre" (e aí não me refiro ao salário da pessoa, apenas à sua mentalidade) só consegue Ganhar e Gastar. E, às vezes, ainda gasta antes de ganhar!

A tranquilidade financeira passa, necessariamente, por estes quatro verbos (e nesta ordem). Quem não consegue Economizar e Investir sempre acaba tendo mês sobrando no final do dinheiro, quando deveria ser o contrário. Pessoas de todas as classes sociais reclamam que é difícil seguir este caminho, porque não tiveram conhecimento necessário do que deveriam fazer.

Posso afirmar que não existe fórmula mágica, meus amigos. Se você quer mudar de situação e passar também Economizar e Investir, garantindo um futuro melhor do que o INSS reserva para você, há duas alternativas: Ganhar mais ou Gastar menos. Falarei sobre estas duas saídas nos próximos posts.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Aceitar, respeitar, tolerar


Os meus melhores textos, aqueles que eu me orgulho de ter postado neste blog surgiram de alguma provocação muito forte. Algo com o poder de me deixar sem sono, inquieto, sem pensar em outra coisa. E mais uma vez aconteceu.

Aos amigos e a quem possa interessar: sabe por que eu sou (dizem que virei) ateu? Porque não acredito em um deus (ser supremo, criador ou a nomenclatura que for) propagador de intolerância, egoísmo e preconceito entre seus seguidores. Não creio em superioridade de qualquer ser sobre-humano, nem de qualquer humano sobre outro.

Em uma sala, durante uma reunião de negócios, conversava com pessoas de alto gabarito. Algumas já são da minha convivência e as tenho com grande admiração. Outras estou conhecendo agora e demonstram caráter excelente. Entre elas, há relação duradoura que lhes permite compartilhar opiniões sobre tudo que lhes seja próximo ou até mesmo distante. Afinal, o importante é dizer o que se acha certo.

Na TV, aparecem cenas de uma celebração de umbanda. Pessoas vestidas de branco, tocando tambores, entoando pontos de orixás, trazendo oferendas, etc... Duas Pessoas Inteligentes da sala se manifestam, em voz baixa, perceptível a mim:

P.I.1: - Ê macumba...
P.I.2: - Ééé...
P.I.1: - Dizem que são todos boiolinhas!
P.I.2: - Estão todos perdidos.

Para sorte do meu cérebro, o papo parou aí, mas o estrago já estava feito. Olhei para o teto com a mesma feição séria de quando estou pensativo. Era preconceito demais para eu não pensar a respeito. Lembrei de todos os meus amigos gays, lembrei dos meus amigos umbandistas. Passou o filme dos meus seis primeiros anos de vida quando, toda segunda-feira à noite, ia ao terreiro de umbanda bater meu tambor porque eu era filho do pai-de-santo.

Naquela hora, sem conseguir emitir qualquer resposta, apenas senti vergonha de todos e por todos: da nossa humana incapacidade de aceitar as diferenças; da nossa inferior forma de exigir respeito sem respeitar quem nos contrapõe; e da nossa cruel falsidade em apenas tolerar o que não foge da zona de conforto. P.I.1 e P.I.2 continuam tendo a minha consideração, afinal todos deslizamos e até caímos para nos levantarmos depois.

Eu, gerado e criado à imagem e semelhança dos meus pais (pai-de-santo e católica), sou ateu. Acredito no ser humano e que ele pode um dia, melhorando a si mesmo, criar na sua vida o mundo que a maioria almeja para depois da morte. Eu tenho consciência e orgulho do meu passado, ajo no meu presente e estou determinando o meu futuro. Não busco a perfeição nem seres perfeitos, mas se conseguir desenvolver em mim mais aceitação, respeito e tolerância, já estarei muito satisfeito.