sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Não nos deixeis cair em prestação!

Gostaria de ter tido aulas de Educação Financeira no colégio. Recente pesquisa da Proteste Associação de Consumidores mostrou que as famílias brasileiras comprometem 42% da renda com dívidas e, a maioria delas, está nesta situação porque não sabe como lidar com o dinheiro. As pessoas que têm pouca renda, cerca de um salário mínimo, fazem contorcionismo para sobreviver, é verdade. Mas os demais são vítimas da própria falta de planejamento. 

Notícia do G1 - Famílias comprometem 42% da renda em média com dívidas, diz pesquisa

Notícia do Portal IG - Brasileiros têm entre 11% e 50% da renda comprometida

Está na mente das pessoas que o caminho da dívida, do financiamento, das "suaves prestações", é o único para realizar seus sonhos de consumo. Até o ano passado, eu era um destes. Sonhava com o dia em que financiaria por 500 anos um apartamento para chamar de meu e fugir do aluguel. Até que, numa passada rápida pelo Boulevard Shopping, vi um livro na vitrine da Saraiva que me chamou a atenção. Estava escrito na capa: Investimentos À Prova de Crise.

O preço do livro era convidativo, comprei e comecei a ler naquela dia. Com a didática impressionante do autor, Marcos Silvestre, aprendi que há outros caminhos financeiros bem menos dolorosos do que pagar juros eternamente para os banqueiros milionários do nosso país. A principal mudança de pensamento é que "investimento é o que te dá juros, o que te cobra juros se chama dívida".
Os livros não trazem fórmulas mágicas, mas ensinamentos úteis para educar o bolso. Foto: Blog da Virada Link de Origem

Não tive dúvidas e comprei o outro livro do mesmo autor: 12 Meses Para Enriquecer - O Plano da Virada. Agora, você deve estar pensando: "Xi, deu Síndrome de Tio Patinhas no Tiagão... Virou um avarento!" Nada disso, amigo-leitor. Enriquecer, para mim, não é ter muito dinheiro (muito menos, ficar milionário). É, apenas, viver com liberdade, boa qualidade, ter controle sobre o próprio dinheiro e não deixar que ele te controle. Saiba que apenas não empobrecendo, nem devendo à toa, você já está enriquecendo. Afinal de contas, quando valorizamos o nosso ganho honesto, estamos valorizando o nosso próprio trabalho. Nada mais justo, não é mesmo?

Boa parte dos amigos que visitam este blog são de classe média (ou estão a caminho), tiveram oportunidade de estudar e tem vários sonhos a realizar, estou certo? Como acertar na Mega está difícil, só ralando bastante para chegar lá. Não tivemos Educação Financeira no colégio para nos ajudar nessa caminhada, então, cabe a nós mesmos correr atrás do tempo perdido. Não é tarde para aprender. Se achar um desses livros que citei aqui na Saraiva, Leitura, Cultura, Livraria da Mente e outras, dá uma lida porque vale o investimento. 

Se não encontrar, dá para ouvir as dicas, em pílulas, no site do autor: Blog da Virada. 

Não conheço pessoalmente o professor Marcos Silvestre. Porém, quem me conhece sabe que não tenho medo de indicar e elogiar quem eu admiro pelo trabalho. Da mesma forma, não piso no freio antes de criticar os enganadores de plantão. Então, aproveitem a dica, amigos.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Vou pra Porto... Tchau!


Deu pra ti, baixo astral. 

Sair de Brasília, de vez em quando, é bom. Adoro esta cidade onde moro, e da qual sinto o maior orgulho, mas conhecer lugares novos, pessoas novas, realidades novas é algo indescritível. Sempre que volto a minha República de Santa Maria, passo obrigatoriamente por Porto Alegre (ainda não existe voo direto BSB-SM, por pura falta de visão estratégica das cias aéreas hehehe), mas minhas duas últimas viagens pelo céu do Brasil foram para outros Portos admiráveis.

Em abril, conheci Porto Velho, capital de Rondônia. Uma cidade simpática, com ares de interior, porta de entrada para a Floresta Amazônica e fora dos roteiros das agências de turismo. Quem aí lembra da minissérie Mad Maria, que contou a história da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré? Esta ferrovia histórica para o país completou 100 anos em 2012 e pude ver no Centro Histórico de Porto Velho, o que ainda resta dos trilhos e vagões desta obra faraônica, que nunca teve como dar certo.
Estação da centenária e inativa Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

O passeio de barco no Rio Madeira também é interessantíssimo, com vista para botos e jacarés na água, além da polêmica construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. A culinária, claro, é baseada em pescados, bem preparados, temperados e uma boa pitada de sal no preço, mas vale a pena. Sem contar, é óbvio, que revi minha grande amiga Sofia Lampert, ao lado de sua garbosa família (Gostaram do "garbosa"?).
Quem vem comigo nessa barca?

Nem todo Porto é Velho, mas precisa ser Seguro. Ao sul da Bahia, ao lado de onde Cabral chegou ao Brasil, está uma parada obrigatória para quem ainda não conhece o Nordeste. Uma cidade que chama sua principal via central de Passarela do Álcool não podia ficar fora dos meus roteiros. Ao contrário do que muita gente pensa, Porto Seguro não é só uma cidade de baladas. Quem quiser pode pode passar ótimos dias em uma praia da orla norte, calma, com ondas baixas e água clarinha, sem sinal de axé e funk.
Porto Seguro: história, axé, capoeira e vistas sensacionais

Mas quem for do time do agito, prepare as cartelinhas de Engov. As barracas de praia tem luaus agitados de segunda a domingo. A Ilha dos Aquários, por exemplo, é espetacular. Além dos óbvios tanques de peixes, cinco ambientes musicais dão o tom, sempre puxando a brasa para o baianíssimo axé e o arrocha, que segue com força por aquelas bandas. Os solteiros devem tomar cuidado com a "pedofilia", porque o que mais tem nas festas é novinho do terceiro ano, comemorando a formatura do Ensino Médio antes do fim do ano letivo. O ponto alto é a Praia do Espelho. Acredite: ao vivo é mais bonito do que na foto.
Praia do Espelho - Bahia. Demora para chegar, mas vale a viagem

Passei em Porto Seguro uma semana inesquecível e, em Porto Velho, um feriadão surpreendente. Esse grande chavão de que turismo no exterior é mais barato do que no Brasil não me pertence. Até porque não viajo para fazer compras, viajo para conhecer culturas, lugares, pessoas e trazer boas lembranças. A viagem mexe o corpo, o cérebro e traz boas histórias que tiram este blog da inércia.