terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Já volto

Povo, não estou atualizando o blog por falta de inspiração. Postarei algo novo ainda esta semana. Abraço.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Nossa Capital é Internacional

Festa reuniu colorados do Distrito Federal


Os gaúchos colorados da querência de Brasília se encontraram na última quarta-feira (07/12) para a confraternização de fim de ano, no CTG Estância Gaúcha do Planalto. Na porteira, a frase que acolhe os visitantes já é motivadora: "Onde houver um Gaúcho, o Rio Grande estará presente". Nada melhor para quem está a mais de 2 mil quilômetros do pago.


O Centro de Tradições Gaúchas é o único lugar onde é possível ser Gaúcho e, ao mesmo tempo, compreendido na Capital Federal. O sotaque do DF, que é uma mistura de goiano, carioca, mineiro e nordestino, não é compatível com o nosso. Ninguém entende um "guasca" ou "bagual" sem uma explicação didática na sequência. Se disser "a la fresca" ou "a la pucha", então, é melhor se preparar para briga.

Com a banda Ataque Colorado, no aniversário do Inter, em abril


Bom, mas o mais importante foi a confraternização regada a carreteiro, feijão preto, saladas e pão. Cardápio simples, mas muito bem feito pelo povo bagual da cozinha. O público foi quase o dobro do esperado, mesmo que vários colorados não tenham conseguido ir por causa do trabalho. Comemoramos de novo a vaga na Libertadores da América, improvável na maior parte do Brasileirão, por causa dos altos e baixos da equipe, mas conquistada no Gre-Nal da última rodada.


Muitas risadas, cerveja, mesa redonda sobre futebol e histórias dos colorados mais antigos do Cerrado. Parabéns ao Consulado, que organizou mais esta festa de grande sucesso. E, parafraseando a inscrição na entrada do CTG, esperamos ter muito a comemorar na nossa Capital:


"Onde houver um Colorado, o Sport Club Internacional estará presente"

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mini Conto

Sempre lembro de pagar a conta de luz no dia do vencimento, que este mês caiu hoje, um terça-feira. Ao meio-dia, peguei a fatura e foi à lotérica mais próxima, em um shopping da cidade. No sub-solo, a lotérica tinha uma fila normal, cheia de gente comum: uma mulher com pressa reclamando, duas atendentes lentas, três idosos que passaram na frente de todos e um cara com cheiro de cerveja. Ele carregava uma latinha de Antarctica. 


Terça-feira. 


Meio-dia. 


A latinha suava e exalava o cheiro do lúpulo, perceptível a todos da fila. Apesar de ter uma lixeira à direita do caixa, o fã da cerveja vespertina colocou-a em cima do balcão da lotérica. No atendimento, a fala enrolada, demonstrava que aquela não era a primeira que ele bebia no dia. O homem seguiu seu rumo pelos corredores do shopping e deixou para trás a latinha. Possivelmente, não era a última do dia.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Capital do Samba

Meus fins de semana em Brasília são regados a samba.


Grupo Bom Partido no Bar Brahma Brasília

Na minha República de Santa Maria, também eram, mas não se compara a minha nova cidade. Lá no Sul, eu saía de casa até com menos de 5ºC, em pleno agosto, para curtir as noites de sexta-feira no antigo Bar São Francisco, ao som dos amigos do Quarteto do Samba. Tinha carnaval de rua, ensaio da bateria da minha Unidos do Itaimbé aos sábados. Mas o nosso núcleo era muito restrito: sempre as mesmas pessoas, todas amantes do samba.

Em Brasília, os pandeiros, repiques, tantãs e violões tocam quase a semana inteira. Rodas de samba estão confirmadas na capital do país de terça-feira a domingo. Roda do Chopp, Choperia Maracanã, Bar Brahma, Bar do Calaf, Tartaruga e vários outros lugares ficam sempre lotados, muitas vezes com fila de espera.

A influência do grande número de cariocas na cidade é um motivo claro para o sucesso do samba por aqui. Sem contar aqueles que, como eu, vieram de outras partes do país e já acharam os redutos do ritmo. O número de artistas locais é imenso. Cantores, compositores, instrumentistas e grupos de samba revelam-se em todo o Distrito Federal, arrebanhando um público cada vez mais fiel.

Demonstrando o conhecimento no Brahma

E quem quer aproveitar da melhor forma possível, monta seus próprios "combos de samba". Procuram a melhor feijoada para curtir com voz, cavaquinho e percussão ao vivo; e aprendem a dançar o samba, seja no pé ou de gafieira. As academias de dança estão lotadas, sem contar os que já nasceram com o dom nos pés.

As escolas de samba desfilam no Ceilambódromo, que ainda não conheci. Fui a um show do Arlindo Cruz na Aruc, a escola mais famosa do carnaval de Brasília, e gostei do que vi. A área da quadra é imensa, de dar inveja até às do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Não há dúvida de que tudo o que eu contei aqui só me faz gostar mais de Brasília. Sinto-me cada vez mais em casa nesta terra. É claro que não poderia deixar passar em branco o meu primeiro 2 de Dezembro no Cerrado.

Um feliz Dia Nacional do Samba a todos!