terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Já volto

Povo, não estou atualizando o blog por falta de inspiração. Postarei algo novo ainda esta semana. Abraço.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Nossa Capital é Internacional

Festa reuniu colorados do Distrito Federal


Os gaúchos colorados da querência de Brasília se encontraram na última quarta-feira (07/12) para a confraternização de fim de ano, no CTG Estância Gaúcha do Planalto. Na porteira, a frase que acolhe os visitantes já é motivadora: "Onde houver um Gaúcho, o Rio Grande estará presente". Nada melhor para quem está a mais de 2 mil quilômetros do pago.


O Centro de Tradições Gaúchas é o único lugar onde é possível ser Gaúcho e, ao mesmo tempo, compreendido na Capital Federal. O sotaque do DF, que é uma mistura de goiano, carioca, mineiro e nordestino, não é compatível com o nosso. Ninguém entende um "guasca" ou "bagual" sem uma explicação didática na sequência. Se disser "a la fresca" ou "a la pucha", então, é melhor se preparar para briga.

Com a banda Ataque Colorado, no aniversário do Inter, em abril


Bom, mas o mais importante foi a confraternização regada a carreteiro, feijão preto, saladas e pão. Cardápio simples, mas muito bem feito pelo povo bagual da cozinha. O público foi quase o dobro do esperado, mesmo que vários colorados não tenham conseguido ir por causa do trabalho. Comemoramos de novo a vaga na Libertadores da América, improvável na maior parte do Brasileirão, por causa dos altos e baixos da equipe, mas conquistada no Gre-Nal da última rodada.


Muitas risadas, cerveja, mesa redonda sobre futebol e histórias dos colorados mais antigos do Cerrado. Parabéns ao Consulado, que organizou mais esta festa de grande sucesso. E, parafraseando a inscrição na entrada do CTG, esperamos ter muito a comemorar na nossa Capital:


"Onde houver um Colorado, o Sport Club Internacional estará presente"

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mini Conto

Sempre lembro de pagar a conta de luz no dia do vencimento, que este mês caiu hoje, um terça-feira. Ao meio-dia, peguei a fatura e foi à lotérica mais próxima, em um shopping da cidade. No sub-solo, a lotérica tinha uma fila normal, cheia de gente comum: uma mulher com pressa reclamando, duas atendentes lentas, três idosos que passaram na frente de todos e um cara com cheiro de cerveja. Ele carregava uma latinha de Antarctica. 


Terça-feira. 


Meio-dia. 


A latinha suava e exalava o cheiro do lúpulo, perceptível a todos da fila. Apesar de ter uma lixeira à direita do caixa, o fã da cerveja vespertina colocou-a em cima do balcão da lotérica. No atendimento, a fala enrolada, demonstrava que aquela não era a primeira que ele bebia no dia. O homem seguiu seu rumo pelos corredores do shopping e deixou para trás a latinha. Possivelmente, não era a última do dia.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Capital do Samba

Meus fins de semana em Brasília são regados a samba.


Grupo Bom Partido no Bar Brahma Brasília

Na minha República de Santa Maria, também eram, mas não se compara a minha nova cidade. Lá no Sul, eu saía de casa até com menos de 5ºC, em pleno agosto, para curtir as noites de sexta-feira no antigo Bar São Francisco, ao som dos amigos do Quarteto do Samba. Tinha carnaval de rua, ensaio da bateria da minha Unidos do Itaimbé aos sábados. Mas o nosso núcleo era muito restrito: sempre as mesmas pessoas, todas amantes do samba.

Em Brasília, os pandeiros, repiques, tantãs e violões tocam quase a semana inteira. Rodas de samba estão confirmadas na capital do país de terça-feira a domingo. Roda do Chopp, Choperia Maracanã, Bar Brahma, Bar do Calaf, Tartaruga e vários outros lugares ficam sempre lotados, muitas vezes com fila de espera.

A influência do grande número de cariocas na cidade é um motivo claro para o sucesso do samba por aqui. Sem contar aqueles que, como eu, vieram de outras partes do país e já acharam os redutos do ritmo. O número de artistas locais é imenso. Cantores, compositores, instrumentistas e grupos de samba revelam-se em todo o Distrito Federal, arrebanhando um público cada vez mais fiel.

Demonstrando o conhecimento no Brahma

E quem quer aproveitar da melhor forma possível, monta seus próprios "combos de samba". Procuram a melhor feijoada para curtir com voz, cavaquinho e percussão ao vivo; e aprendem a dançar o samba, seja no pé ou de gafieira. As academias de dança estão lotadas, sem contar os que já nasceram com o dom nos pés.

As escolas de samba desfilam no Ceilambódromo, que ainda não conheci. Fui a um show do Arlindo Cruz na Aruc, a escola mais famosa do carnaval de Brasília, e gostei do que vi. A área da quadra é imensa, de dar inveja até às do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Não há dúvida de que tudo o que eu contei aqui só me faz gostar mais de Brasília. Sinto-me cada vez mais em casa nesta terra. É claro que não poderia deixar passar em branco o meu primeiro 2 de Dezembro no Cerrado.

Um feliz Dia Nacional do Samba a todos!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A corrida pelo diploma






Todas as crianças e adolescentes sonham com a faculdade. É como um marco zero para a vida adulta e responsável, parte fundamental dos seus futuros, dos seus destinos. Mesmo aqueles meninos que batem bola nos campinhos e querem ser craques do futebol (ir para a Copa, para a Europa...), pensam, em sua inocência, também em entrar na Universidade. Geralmente, é um sonho herdado da vontade dos pais, de que seus filhos tenham um futuro decente, honesto e de sucesso. De preferência, melhor do que os próprios genitores tiveram.


Oito (agora, nove) anos de Ensino Fundamental, mais três de Ensino Médio, vestibular(es). Você chega lá! Lista de aprovados, faculdade, colegas, um novo mundo, novas histórias, o seu mundo, a sua história. E você se forma. Recebe o diploma e quer exercer a profissão que, embora possa ter sido escolhida com as dúvidas normais de adolescentes, o conquistou.


Mas todas as aulas, aprendizados, projetos, programas de rádio e TV feitos em aula (alguns até melhores que da mídia profissional, dizem os colegas) e teorias que embasam o nosso fazer jornalístico... Tudo aquilo foi considerado pela mais alta corte jurídica do país, o Supremo Tribunal Federal, como "sem especificidade", algo "criado na Ditadura Militar para cercear a liberdade de expressão". Qualquer pessoa pode ser jornalista. A exigência do diploma é insconstitucional, decidiram oito dos 11 ministros do STF, em 17 de junho de 2009. Um discordou e dois se ausentaram.


Você, é claro, sabe o valor do seu aprendizado, adquire tantos outros conhecimentos no dia-a-dia da profissão. Coloca em prática o que foi ensinado pelos professores (nem tudo, sabemos) na ralação do fechamento do jornal, radiojornal, telejornal, webjornal, e/ou no envio do release antes desses fechamentos. Todos os dias a especificidade do jornalismo nos é apresentada pelas fontes que não atendem, pelo furo dado pela concorrência, pelo pagamento atrasado dos frilas, pelos nossos furos e barrigas, pelas barrigas da concorrência, pelas pautas que caem e surgem e ressurgem, não necessariamente nessa ordem nem na hora que a gente quer, pelos feriados e domingos decorativos no calendário.


Os argumentos práticos não foram suficientes para sensibilizar os magistrados. Aliás, foram ignorados por eles. Deram dois passos atrás na (in)evolução da história, desvalorizando o ensino superior brasileiro e rebaixando o nível de uma profissão que tem a confiança da maioria esmagadora da população, sendo fundamental para o fortalecimento da democracia. Os reflexos não demoraram a surgir. A profissionalização do jornalismo no interior do Brasil sofreu um golpe sensível. Gestores da mídia de fora dos grandes centros do país mantiveram os salários abaixo do piso conquistado pelos sindicatos, porque se o profissional formado não aceitasse, outro jornalista aceitaria a oferta e "exerceria sua liberdade de expressão", como preconizou o doutor Gilmar Mendes.


O cúmulo foi quando as prefeituras de Cabedelo, na Paraíba, e Guaratinguetá, em São Paulo, ofereceram vagas para jornalista em seus concursos públicos com remuneração de um salário mínimo. A diferença é que a cidade paulista exigiu diploma dos candidatos, enquanto o município paraibano pediu o Ensino Médio.


Houve reação no Poder Legislativo. Se a Suprema Corte, decidiu que a exigência do diploma é inconstitucional, deputados federais e senadores decidiram mudar a Constituição Federal, no caso, emendá-la. As Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 33/2009, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), e 386/2009, do deputado federal Paulo Pimenta (PT/RS), objetivam restituir a obrigatoriedade do diploma para o cidadão virar jornalista.


As propostas preveem a manutenção da liberdade de expressão a qualquer brasileiro. Existe a figura do colaborador, seja ele cronista, articulista ou comentarista, que poderá expor suas ideias e/ou fazer comentários na sua área de interesse/especialidade, de acordo com a política do veículo de comunicação. 


Nesta quarta-feira (30/11/2011), o Senado aprovou a PEC 33/2009 em primeiro turno. Foram 65 votos favoráveis à proposta e sete contrários. Os senadores precisam aprovar em mais uma votação e o projeto seguirá para a Câmara. Enquanto isso, a PEC 386/2009 está pronta para ser votada pelos deputados. O caminho ainda está no início, mas os legisladores deram o seu primeiro recado sobre este assunto polêmico.


A corrida pelo diploma, na verdade, é uma maratona, e vai além dos bancos universitários. Alguém vai desistir antes da reta final?


LEIA TAMBÉM: Senado aprova em primeiro turno PEC que exige diploma a jornalista

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Louco é quem me diz e não é feliz

Louco. Pelas ruas, ele andava. O coitado chorava. Transformou-se até num vagabundo.

- Que problema eu vou colocar nessa pesquisa? Como eu vou pesquisar sem ter um problema? Por que o problema é um problema tão grande?

- E o tema? A notícia. Não, não, a cobertura radiofônica política. Tá, então, a notícia no radiojornalismo político. Tsc, tsc, nada disso. Depois eu penso, vamos adiante.

- Comer de 3 em 3 horas. Comer de 3 em 3 horas. Ler nessas 3 horas do meio. Ler bastante até achar um tema e um problema. Mas não posso atrasar, senão a reeducação alimentar vai para o espaço. Aí eu vou ter um problema.

- O almoço tem que ser em pequenas quantidades. O prato é grande, encher o prato é uma tentação. Então, enche de alface. Ah, Santo Alface! Viva a reeducação alimentar.

- Entrar no estúdio às 17h e ficar até às 19h. Ancoragem de sessão plenária. Que horas mesmo eu almocei? E que horas eu teria que comer de novo? E depois? Uma fruta, duas frutas, três frutas. Diferentes. Pelo jeito, o esquema das 3 horas começa amanhã.

- Olho na TV. Olho no microfone. Atenção ao roteiro: quem é o presidente? Quem está na tribuna? Operadooooor, abre o microfone! Em Brasília, 17h24min, você acompanha ao vivo a sessão plenária desta segunda-feira...

- Jornalismo Político, Franklin Martins, Editora Contexto. Apostila da Pós. Onde eu deixei? Tá lá na salinha, só dá pra ler depois que sair do estúdio ao vivo. Olho na TV. Olho no microfone.

- Mas e o problema? Que problema? Eu não tenho problema, agora eu tenho fome. O esquema das 3 horas foi para o saco. Talvez amanhã.

- Talvez tenha A Voz do Brasil ao vivo. Com certeza, tem aula de samba de gafieira. Depois, passar no mercado e comprar peito de peru, queijo mussarela, cacetinho. Ops, é pão francês na língua deles.

- Esse PC começou a dar pau. Pelo menos, está salvando o post, mas é capaz de alguma frase ficar pela met

domingo, 20 de novembro de 2011

Minha simples, forte, brava homenagem ao 20 de novembro


Temos a cor da noite 
Já desejamos liberdade
Lutamos para ver o clarão da igualdade
E para termos ar, luz, razão


SOMOS NEGROS
Homens simples, fortes, bravos
E há cinco séculos ajudamos a construir na raiz
Este gigante chamado Brasil

Coisas que só acontecem no meu prédio

Eu tentava dormir nesta madrugada e tinha um sonho estranho com lutas de UFC. Eu, que nem sou tão fã assim desse esporte, estava na arquibancada assistindo os combates.


De repente, acordei assustado. Gritos assustadores vinham do andar de baixo (ou de cima, não sei):


- VAI, SHOGUN! ISSO GAROTO! ARREBENTA ELE, SHOGUN! 


Eram várias vozes berrando para o prédio inteiro ouvir. Isso às 2h30min! Só voltei a dormir às 5h, somente às 5h. Eu disse às 5h


Portanto, se você é fã de UFC, beleza. Se você é contagiado pela emoção das lutas de UFC, maravilha. Se você é amante de um lutador de UFC, não tenho nada a ver com isso. Mas, por favor, não perca o bom senso ou será punido a morar no octógono do inferno ouvindo Anderson Silva cantando Leãozinho, do Caetano Veloso, por toda a eternidade. Era isso!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Vontade multiplicada

Parece que o mês de novembro me deu muita motivação.

Voltei a escrever no blog, estou dizendo para mim mesmo que a academia agora é para valer, o samba de gafieira segue a mil, estou levando a pós-graduação muito mais a sério e até estou cuidando da alimentação, comendo mais verduras (alface, no caso) e tal.

Algum pessimista pode me lembrar que eu já fiz isso várias vezes, com duração máxima de sete dias para cada uma dessas atitudes alvissareiras, mas sigo com uma ponta de otimismo nesta minha nova mudança.

Estou convencido de que cumprir tudo isso pode me fazer melhorar bastante, em vários aspectos. Até porque, não teria nem começado se não me sentisse atraído por estes desafios. O blog, por exemplo, é uma ótima forma de "falar" com os meus amigos espalhados aí no meio desses 7 bilhões de estranhos.

O samba de gafieira, a maior mudança, a grande revelação, o improvável. Sim, hoje eu sei dançar. Já se vão 6 meses no Centro de Dança Alex Gomes e muitos passos aprendidos. O durão, que só sabia fazer "dois pra lá, dois pra cá", agora já se arrisca no Bar Brahma com cruzado e puladinho.

Na academia, são algumas horinhas de cadeira flexora, extensora, supino, esteira e bike ergométrica para queimar as calorias da feijoada do Brahma e dar uma tonificada nos músculos de um sedentário. Até agora, consegui dor, muita dor nos braços e pernas, mas vai passar.

Mais alface no prato, correndo, pedalando, com samba no pé e, futuramente, especialista em Jornalismo Político. Daqui a alguns meses, voltarei com a série Diário de um Monografista, sucesso de público neste blog nos idos de 2007/2008. O curso é a distância, muito bom por sinal, e vai abrir bastante os horizontes deste radialista e jornalista que trabalha na cobertura diária do Legislativo federal.

Vamos ver se o que está aqui é verdade? Começamos contando em quanto tempo eu escrevo aqui de novo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Não recomendo

Tomara que você, amigo-leitor, não esteja comendo nada agora. Primeiro, porque comer em frente ao computador não é muito saudável. Tu não vais nem sentir o gosto do alimento e só vai prestar atenção nos textos, imagens, gráficos, vídeos, etc... Segundo, porque a história que eu vou contar é meio escatológica. E verídica!

Estivera eu planejando um fim de semana no Rio de Janeiro. A agenda prometia: feijoada da Mangueira, escolha do samba-enredo da verde-rosa para o carnaval 2012, um giro por rodas de samba cariocas e, quem sabe, até uma prainha. Entre tudo isso, algumas (bem poucas) horinhas de sono. Aí é que morou o problema.

Entrei no site http://booking.com/ e procurei um hotel baratinho para passar o findi e achei um bem no centro da cidade, perto do metrô e de caixas eletrônicos. Pelas fotos, era bem ajeitadinho e com precinho camarada. Enfim, perfeito.

Cheguei no dito hotel no início da madrugada de sábado e me deram a chave de um quarto no 10º andar. Fiquei 5 minutos tentando abrir a porta, acendi a luz, olhei a cena na minha frente e pensei: "Putz, deve ter até barata nesta várzea!" Quase acertei. Na escala de nojeira, tinha teias de aranha há muito cultivadas no ar condicionado, chão totalmente sujo, cobertas da cama empoeiradas, armários inutilizáveis e um dos piores banheiros que já vi.

Mesmo assim, eu relevei. "Já estive em situação pior", pensei, tentando lembrar alguma delas. Antes de conseguir, deitei na cama e dormi com o despertador marcado para às 7h. Levantei e percebi que o serviço de limpeza tinha deixado aquele quarto de lado já há algum tempo, porque nem toalhas havia lá. Com paciência de Jó, pedi a toalha na recepção e, depois, fui ao café da manhã. As moscas na cesta de pães tiraram a minha fome. Provei o suco, mas não passei do segundo gole.

Decidi só entrar no hotel de novo para tomar banho e dormir (de preferência, pouquísimas horas, menos que o planejado). E, assim o fiz. Só tirei fotos das coisas boas, que estão lá no facebook e no orkut. Não volto mais nesse antro e não recomendo a você, amigo-leitor, o Center Hotel, que fica na Avenida Rio Branco, 33 - Centro - Rio de Janeiro-RJ.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ausência

Fiquei fora por alguns dias deste blog. Estou voltando, tomara que com mais força do que antes. Aqui na Capital Federal a seca está fazendo muita gente sofrer. Eu batia no peito e dizia: "- Seca? Capaz, tchê! Pra mim, não dá nada."

Mas afeta sim. Deu uma maleza neste ser de ficar uma semana sem conseguir fazer nada. Ainda bem que fiquei fora do estúdio ao vivo da rádio. As gravações saíram a pau e corda. Nas aulas de samba de gafieira, quase dei nó nas pernas. Agora tudo já passou, porém foram dias difíceis.

Já são 94 dias sem chuva aqui em Brasília. Lembro do dia 18 de junho quando as últimas gotas de São Pedro caíram no Cerrado. Claro que poderia ser pior: lá no Sul, com certeza, agora eu estaria espirrando com dois lenços no bolso e encarando 4°C em pleno setembro.

Então, viva a seca! (E que venha a chuva!)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Agosto novo

Tudo é novidade para mim em Brasília. Tudo mesmo, o trânsito, o estilo de vida, o clima, o trabalho. E é no trabalho que vieram as últimas novas. O horário da noite da Rádio Senado não me pertence mais. O "cajado" está com o mais novo locutor da emissora, o Renato, um cara muito boa-praça vindo do RJ. Ricardo e Ritta completam o nosso time, agora muito bem reforçado.

Meu novo horário é o da tarde. Saio do estúdio ao vivo, mas sigo na equipe da Voz do Brasil, programa que apresento com um baita orgulho.


Minha morada também mudou neste mês, como já tinha falado em outro post deste blog. Ainda estou me acostumando com o Lago Norte, com o Iguatemi (shopping super-humilde que leva as brasilienses à falência - e os maridos delas também), com a Galeteria Gaúcha, de excelente atendimento e cardápio de primeira (me senti no galeto do Restaurante Vera Cruz, em Santa Maria).

É o típico lugar gaurio, sem frescura e muito aconchegante, com o dono vindo na mesa de cada cliente puxar uma prosa.


Eu, de camiseta do Inter, fui abordado pelo anfitrião no meio do almoço:


- "Colorado de onde?"
- De Santa Maria.
- "Sou lá de perto, de Júlio de Castilhos..."


E por aí foi a conversa. Lembrando causos e lugares da região central do RS, falando do frio que nós deixamos lá abaixo do Trópico de Capricórnio e tal. É um restaurante para voltar mais vezes, recomendo!


Enquanto isso, outras novidades me aguardam nesse quadradinho aqui no meio do Planalto Central.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Há cinco anos, eu era: TIAGO MEDEIROS CAMPEÃO DA AMÉRICA

Há exatamente 5 anos, no dia 16/08/2006, eu conheci o sabor de uma Libertadores. Estive ali, na Popular, torci, vibrei, chorei... E postei aquela emoção única, que só posso retratar, mostrando a você aquelas mesmas palavras:

Foi o dia mais feliz da minha vida. Dezesseis de agosto de dois mil e seis. Eu, entre 55 mil pessoas, acompanhei uma vitória inesquecível do meu time do coração. Parti da Catedral, com muita fé no Colorado – para mim, uma religião – e recebi apoio em cada esquina, em cada rua, além de vaias dos secadores e muito vento no rosto.

Foram 290 Km de muita esperança até a capital dos gaúchos. Renovei minha confiança a cada bandeira colorada, que tremulava nas casas, e a cada conhecido que encontrei pelo caminho. Ao contrário das excursões passadas, embriaguei-me apenas pelos gritos da torcida. A tropa santa-mariense do Exército Vermelho estava pronta para combater os Bambi Troops.

Em Porto Alegre, estação derradeira, paramos ao lado do Gigante. A fila para ver o espetáculo resistiu duas horas, até que eu consegui vencê-la. Ao passar pelo Portão 8, avistei a arquibancada tomada de futuros campeões. Não havia lugar para mim. Fui para a minha posição cativa dos jogos de Quartas-de-Final e Semifinal. Contrariei as leis da física e ocupei o mesmo espaço que três mulheres, como se estivera no Tancredão das 18h. Juiz e equipes no campo, vai começar.

Sangue. Era necessário muito mais que vontade e qualidade técnica para vencer. Torcida, sorte e atenção triplicada seriam fundamentais para São Paulo e Inter. O palco da batalha era nosso, 55 mil contra três mil deles na platéia. A tradição era do inimigo, três títulos contra nenhum nosso. Mas Academia do Povo só tem uma, chama-se Inter, e lembre que nas veias Coloradas corre sangue latino e que, feliz é quem tem um coração alvirrubro para valer.

Suor. Nada vai nos separar, Inter. Ainda mais se tiveres guerreiros como os que lutaram na Batalha do Beira-Rio. De Clemer até Rafael Sóbis, com apoio de Michel e Ediglê, sob o comando do general Abelão. Todos correram e comeram a bola, como se fora a coisa mais importante de suas vidas. Eliminamos o campeão do mundo, com um jogador a menos em campo, e ficamos com a taça.

Lágrimas. Não havia como se conter. Estádio lotado, título inédito, tudo isso ao alcance dos meus olhos. Precisava de uma emoção deste tamanho, com magnitude 10 na escala cardíaca. Fernandão levanta a taça, é de verdade, Inter, Inter, nós somos campeões da América. Festa, gritos, volta olímpica, Abel em prantos, torcida também, conquista inesquecível, história para gerações futuras lembrarem.

Colorado, somos todos teus seguidores, do bairro Menino Deus até Yokohama. És Campeão da América, Dono do Continente, Patrão Latino, Melhor do Hemisfério Sul, Glória do Desporto Nacional, vivo a te exaltar. Para sempre te amarei, Internacional, orgulho meu e da América!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Você é do Sul?

Cheguei na Capital Federal em 25 de dezembro de 2010. Coisa de herdeiro da pampa pobre! As passagens no feriado custavam metade do preço do que nos dias 24, 26, 27, etc... O voo atrasou, foi uma várzea total, enfim, mas essa não é a tônica deste post.

A cada dia, eu aprendo como é ser gaúcho em Brasília. Vamos ver?

Gaúchos na TV
Já descobri vários conterrâneos jornalistas por aqui que trabalham em TV. Em todos os setores: reportagem, produção, edição. Mas logo na minha primeira manhã em Brasília, quando acordei no dia 26 e liguei a TV do quarto da pousada, vi a versão candanga do Nico Fagundes, um programa gaudério na TV Brasília (afiliada RedeTV!). O apresentador é um tio bonachão, comunicativo, usando um sotaque já desbotado por décadas vividas no Cerrado. Ele tentava fazer uma espécie de mini-Galpão Crioulo, sem plateia, mas com um violeiro e um gaiteiro de prontidão para cantar os nossos clássicos cancioneiros. Achei bem legal, embora nunca mais tenha assistido.

Guasca na padaria
Tomar um café na padoca foi um suplício. Cheguei para a tia da chapa e tasquei:
- Tia, me vê um café bem forte e uma torrada, por favor.
- "Como?"
- Café e torrada, tia.
- "Ô meu filho, a gente não tem torradeira aqui."
- Pode ser na chapa mesmo, naquela ali ó (apontando o dedo para a chapa)!
- "Ah, ali eu só faço misto-quente."
- Hmmm, é feito com o quê?
- "Pão, presunto e queijo. Pode ser com ovo ou sem."
- Ah tá, pode ser esse mesmo. Por favor, faz com cacetinho, tá?
- "Como?"

Gaurio no shopping
Vestindo camiseta do Inter, mateira completa no ombro, sorvendo um mate quente e amargo. Sigo pelo corredor, olhando uma vitrine e outra. Alguém para e me pergunta:
- "Opa, tá de boa? Você é do Sul?"
Pensei em responder:
- Não, sou da Dinamarca. Não tá vendo minhas feições nórdicas? Essa camisa aqui é do "OB Odense" e isso aqui na minha mão, o carioca que me vendeu ali fora jurou que é uma caipirinha.
Respondi:
- Sim, moro há pouco aqui.
- "Você deve estar acostumado a fazer churrasco..."
- É, eu me arrisco às vezes.
- "Eu também gosto de fazer churrasco. Sempre que posso asso uma carne para a mulher e as crianças."
- Ah, é? E que tipo de espeto tu usas?
- "Espeto? (...) Que espeto?"
(Em Brasília, bife na chapa é considerado churrasco)

Gaúcho no bar
Doze TVs LED 46 polegadas ligadas e bar lotado para mais uma rodada. Duas telas passam o jogo do Inter. Depois que eu vibrei muito com o gol do Damião, um torcedor do Vasco me diz:
- "Ô gaúcho. Você é do Sul mesmo?"
- Claro, tchê! De Santa Maria.
- "Já ouvi falar. (...) Como é Porto Alegre, hein?"
- É uma cidade bem legal, agitada, com boa vida cultural e tem uma baita rivalidade no futebol. Mas eu sou de Santa Maria, no interior... Uuuuuhhhhhhhh! (quase gol do D'Alessandro)
- "Tá bem o seu time, hein, gaúcho? Acho que vai ganhar de boa hoje."
- Vai sim. Tá completinho, com todos titulares.
- "Em Porto Alegre faz muito frio essa época?"
- Acho que nem tá tão frio, deve estar uns 12 graus pela previsão. Mas eu conheço mesmo é Santa Maria, coração do Estado, cidade universitária, tem 18 quartéis.
- "12 graus? Oooxi, é muito fria essa sua Porto Alegre, tchê, bah! (...) Ôôôô, vamo meu Vaxxxcão... Vamo meu Vaxxxcão..."
(...)
- Cara, na boa, não se fala "bah" depois de "tchê", tá? Fica a dica!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Be my Sky

Estou morando no Lago Norte, um bairro residencial, mas com boas opções de comércio, excelente estrutura com mercados, bares, restaurantes e um dos melhores shoppings de Brasília.

Antes, morei na Asa Norte, área nobre da cidade (embora minha antiga kit net não tivesse nada de nobre, a não ser a localização). Para se ter ideia, nem a TV pegava direito, só a Band tinha sinal decente.

Por isso, instalei a Sky.

A loja era no subsolo do meu prédio e o atendimento foi muito bom. Com o pay-per-view, eu assiti ao Gauchão e a todos os jogos do Colorado no Brasileirão. Virei fã do Dr. House, do Law & Order (incluindo o Los Angeles e Special Victims Unit), além do The Good Wife.

Depois dos jogos do Inter ainda dava para ouvir a Rádio Gaúcha, rir e me irritar com os comentários do Sala de Redação. Enfim, eu não estava mais sozinho na minha modesta kit net.

Mas aí eu me mudei para o Lago Norte e vi que a Sky não era tudo aquilo que prometia:

- Alô, eu preciso reinstalar o sinal da minha Sky no meu novo apartamento.
- Pois não aguarde só um minutinho.

(...) Três minutões depois (...)

- O senhor precisa estar há 6 meses conosco para solicitar a reinstalação e ainda estão faltando 15 dias, senhor.
- Então eu gostaria de cancelar o serviço.
- A gente pode estar abrindo uma exceção, senhor. Por favor, envie um comprovante atualizado do endereço por fax ou para o e-mail do nosso atendimento. (traduzindo: estamos te enrolando, mané!)

Enviei o dito e-mail com a versão digital do comprovante de pagamento do aluguel. Olha a resposta buRRocrática:

"Prezado Tiago,

Informamos que o anexo enviado foi desconsiderado, será aceito somente conta de água, luz, telefone, cartão de crédito, mas que tenha recebido pelo correio. Se não tiver nenhuma conta para apresentar, pode ser o contrato de aluguel, mas tem que ser autenticado no cartório."

Não, não era o anexo que estava sendo desconsiderado. Era eu, o cliente. Mais de 10 dias pagando por um sinal que eu não tinha. Cancelei de novo pelo site, desta vez. Na manhã seguinte, ligou um técnico da Sky:

- Sr. Tiago, gostaria de saber se podemos instalar amanhã de manhã os equipamentos no seu apartamento. Como faltam poucos dias para completar os seis meses, vamos abrir essa exceção (traduzindo: estamos nos borrando de medo de perder a comissão de um cliente que paga em dia).

Pensei e repensei por alguns segundos... Lembrei que o preço desse mesmo plano que eu tenho, pela NET, custaria, pelo menos, 60% mais caro e aceitei a reinstalação. Hoje de manhã, lá estava a minha TV com todos os canais funcionando perfeitamente. Até ri e me irritei com os comentários do Sala de Redação.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jabá

Amigos, quem quiser colocar o seu blog aí, nessa coluninha de links no lado direito deste que você lê, é só falar. Como recomecei hoje, estou refazendo a lista de links e os amigos mais ativos terão prioridade, é claro!

O bom filho a casa torna

Meu Deus! Olhando o último post deste blog lembro que a fase não era muito boa, lá para as bandas de junho de 2009. De lá para cá, tanta coisa mudou. E eu não registrei quase nada disso nos meus blogs.


O Príncipe de Joinville foi abandonado, o Sporrus Literarius foi hackeado, o meu Live Spaces, do MSN, foi defenestrado. Tudo o que eu escrevi ficou apenas nas páginas do Diário de Santa Maria durante os meus frilas. Não é pouca coisa, pelo contrário, mas nada disso era sobre mim. 


Aliás, para falar a verdade, houve três vezes em que estive "presente" nos meus textos no DSM, na coluna Diário de um Ritmista, época do nosso carnaval de rua e dos desfiles da Unidos do Itaimbé em 2010. Alguém aí lembra? (...) Bom, deixa pra lá, minha mãe recortou e guardou tudo! 


O importante é que agora estou de volta ao mundo blogueiro. Tomara que eu consiga espantar a preguiça para contar a quem tiver interesse um pouco do cotidiano desse gaúcho que veio amarrar seu cavalo (entenda-se, estacionar seu carrinho empoeirado) na Praça dos Três Poderes. Quem me conhece sabe que vou escrever sobre o que mais gosto: samba, rádio, esportes... Mas nada impede que eu encontre (e poste sobre) novas paixões.


A propósito, é bem provável que isto aconteça.