quarta-feira, 5 de março de 2008

Momentos angustiantes

Foi-se o tempo em que se comia bolinho de chuva quando chovia. Devido à imensa taxa gordurosa, que sinceramente não me importa muito, a iguaria ficou com gosto de borracha depois que eu descobri o “Xis” do Hertz. Mas também não aproveitei o lanche com melhor custo-benefício da cidade nesse período de grande atividade pluvial. Pelo contrário, só hibernei.

Por hibernação, entenda-se: acordar às 11h, ver o Jornal do Almoço (ou Pampa Meio-Dia ou os dois ou outro que equivalha), Globo Esporte, Sala de Redação, Todo Mundo Odeia o Chris e passar uma tarde de ostra. Mas depois das 21h, é hora de pegar um surdo 1, maracanã, treme-terra ou como quiserem chamar e bater enquanto a quadra da Itaimbé estiver cheia. Mas nessa semana tive um pesado empecilho, quer dizer, molhado empecilho.

A chuva atrapalhou o melhor programa diário de um ritmista de escola de samba. Não teve ensaio com chuva nem na quinta, nem sexta, nem sábado. Domingo, nem pensar. Ficar em casa de noite é dose. O que ver? O que ouvir? Escutei um radiojornal local até o âncora sentenciar: “Houveram atrasos...” Ah, que saudade da CDN (não era nenhuma BBC, mas quem dissesse “houveram” era defenestrado em dois segundos!).


Ainda restava o futebol do fim de semana. Só pelo rádio e pela TV, é claro, nada de entrar em quadra. E não é que ainda tinha muita várzea para ouvir. Em cinco minutos, erraram três vezes o nome de uma repórter. Os caras são sujos. Bom, para resumir, ainda teve visita de parente que eu nem lembrava mais, de vizinho que aparece de 80 em 80 minutos e carnaval de Uruguaiana pelas ondas da Gaúcha. Ah, faltou luz também. Mas era dia.

Começa outra semana. Espero que com menos chuvas e com menos angústia. A expectativa é boa, muito boa. Ensaios até quinta. Becas, togas, e jantares na formatura dos colegas na sexta. Desfile na Liberdade e, talvez, baile no sábado. Quem sabe até um novo texto nesse blog.