quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Quem é o Príncipe de Joinville?

VERSÃO ECONÔMICA
Você já teve um bom tempo para descobrir. Eu estou por aí desde primeiro de fevereiro de 86. Sou esse cara que os depoimentos abaixo dizem, que gosta das coisas que estão nessas comunidades, que admira e é admirado pelas pessoas aí do lado direito da tela (pelo menos a maioria). Ah! Quem não me conhece, por favor não adicione. Detesto dizer não.

Ando meio desligado desse site. Por motivos de força bem maior do que os meus 1,95m apareço por aqui cerca de uma vez por semana. Continuo sem celular, mas os amigos que precisam falar comigo já conhecem os atalhos.


VERSÃO PADRÃO
Às dez horas da manhã do primeiro sábado de fevereiro de 1986, eu chegava na parada para ser o Tiago Aquiles, o Tiago Medeiros, o Tiago ARM, o Tiaguinho, o Tiagão. Hoje, 22 anos depois, cumpri quase tudo o que planejei com seis anos de idade. No meu pensamento de criança, que recém começava a primeira série, eu queria apenas fazer a segunda série com sete anos, a terceira com oito, a quarta com nove e assim por diante, até me formar na faculdade com 23 anos.

O Tiaguinho, morador da Vila Santos, ainda com 1,32m, mal sabia que teria que passar 11 anos divididos em três colégios. No extinto Santo Antônio e no Irmão José Otão, fui Tiago Aquiles, para diferenciar da legião de Tiagos que lotavam as salas de aula. No Cícero Barreto, virei este Tiago Medeiros ainda na companhia de vários homônimos. No terceiro ano do Ensino Médio, 10 anos depois de planejar minha vida estudantil, uma sutil mudança de trajeto. Percebi que não passaria em Medicina no vestibular mais concorrido da história da UFSM e, no dia da inscrição já tinha outra idéia em mente: Publicidade e Propaganda.

A esta altura (1,94m) eu já era o Tiagão, ex-pivô do time de basquete do Coríntians Atlético Clube, futuro propagandista, nascido no dia do publicitário. Mas alguma coisa ainda não estava no lugar. Era eu que não estava no lugar certo. Demorei duas semanas para descobrir e dois anos para corrigir. Parece exagero, mas tudo correu no tempo exato. Troquei a Publicidade pelo Jornalismo e com mais três aninhos no prédio 21 da Federal, concluí o curso. Falta só o DERCA entregar o diploma.

Quem leu com atenção, percebeu que terminei tudo com um ano de folga. É o bônus da correção na hora certa. Acho que vou me sair muito melhor numa reportagem do que numa consulta ou cirurgia. Bah, nem imagino. Mas agora estou numa imensa dúvida. Sei que tenho que fazer algo, mas não sei exatamente o quê. Uma dúvida filosófica? Talvez. Acho que preciso de um novo planejamento. Sem a mesma inocência, mas tomara que com a mesma capacidade de fazer um roteiro para a minha vida. Porque na hora do improviso, eu acredito que as coisas não saem naturalmente.

P.S.: Como disse lá no início, eu cumpri quase tudo que planejei em 1992. Faltam algumas coisas. Não vale a pena comentá-las aqui, apenas correr atrás enquanto é tempo e, quem sabe, colocar como prioridade no novo projeto: Tiago ARM 2008-2020. Ainda tem muito sol para brilhar e muita chuva para cair lá fora. Como diria Fernando Sabino, “no fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim”.

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